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Dólar opera em alta e chega a bater R$ 5,67

Na sexta-feira (10), moeda norte-americana fechou a R$ 5,6142, acumulando recuo de 1,2% na semana.


O dólar opera em alta nesta segunda-feira (13), refletindo expectativas de que o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, intensificará a velocidade da redução de seus estímulos ao fim de sua reunião de política monetária desta semana.


Às 14h11, a moeda norte-americana subia 0,88%, cotada a R$ 5,6635. Na máxima até o momento, chegou a R$ 5,6777.

O Banco Central voltou a aumentar a oferta de moeda estrangeira no mercado de câmbio ao vender US$ 905 milhõesem moeda física, o que ajudou a tirar a divisa norte-americana de máximas perto de RS$ 5,68. É a segunda sessão consecutiva em que o BC faz oferta de dólar à vista, instrumento geralmente utilizando em momentos de maior escassez de moeda física no mercado.


Na sexta-feira (13), a moeda norte-americana fechou em alta de 0,74%, a R$ 5,6142. No acumulado da semana, recuou 1,20%. No mês, passou a acumular queda de 0,41%. No ano, o salto ainda é de 8,23% frente ao real.


Cenário

Na cena externa, a semana será recheada de reuniões de política monetária de vários bancos centrais importantes, como o Federal Reserve, dos Estados Unidos.


A expectativa de investidores é de que o Fed anuncie a aceleração do ritmo de redução de suas compras mensais de títulos, à medida que o mercado de trabalho norte-americano dá sinais contínuos de aperto e a inflação segue em patamares elevados.


Segundo Alexandre Almeida, economista da CM Capital, isso deixa o dólar com tendência global de apreciação nesta semana, uma vez que se espera que os formuladores de política monetária do Fed também antecipem suas expectativas para aumentos de juros nos EUA, elevando a atratividade da moeda norte-americana.


Por aqui, a expectativa de investidores girava em torno da ata do último encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que será divulgada na terça-feira.


Na cena política, as atenções seguem voltadas para a votação da PEC dos Precatórios. O Congresso Nacional promulgou na semana passada a parte comum aprovada pelos deputados e pelos senadores. Já os dispositivos modificados pelos senadores vão passar por uma nova votação na Câmara, prevista para acontecer na terça-feira (14).


Após 35 semanas seguidas de aumento, os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa para a inflação de 2021, de 10,18% para 10,05%, segundo o boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda.


A melhora na previsão do mercado para a inflação desse ano aconteceu após a divulgação do IPCA de novembro, que desacelerou para 0,95%, após ter registrado taxa de 1,25% em outubro. O resultado veio um pouco abaixo do que o esperado pelo mercado financeiro.


Para 2022, o mercado manteve em 5,02% a estimativa de inflação. Com isso, a inflação segue acima do teto do sistema de metas para o ano que vem, que é de 5%.


Já a previsão de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2021 foi reduzida mais uma vez, de 4,71% para 4,65%. Para 2022, a projeção de avanço passou de 0,51% para 0,50%.

A expectativa para a taxa básica de juros da economia ao final de 2022 foi elevada de 11,25% para 11,50%. Na semana passada, o BC elevou a Selic para 9,25% ao ano.


Isso, teoricamente, é positivo para a moeda brasileira, uma vez que "aumenta a atratividade do país para investimentos estrangeiros, mas não é o suficiente para garantir uma apreciação do real", afirmou Almeida, destacando preocupações de investidores com a saúde fiscal e a recuperação econômica do Brasil.


Por fim, a projeção para a taxa de câmbio no fim de 2021 subiu de R$ 5,56 para R$ 5,59. Para o fim de 2022, permaneceu em R$ 5,55 por dólar.


Fonte: G1

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