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Dólar passa a subir, após alta da Selic para 9,25% ao ano

Na quarta-feira (8), moeda norte-americana fechou em queda de 1,50%, a R$ 5,5338.


O dólar opera em alta nesta quinta-feira (9), após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevar a taxa básica de juros para 9,25%, como o esperado pelo mercado.


Às 14h10, a moeda norte-americana subia 0,86%, cotada a R$ 5,5812.

Na quarta-feira, o dólar fechou em queda de 1,50%, a R$ 5,5338. No mês, passou a acumular queda de 1,83%. No ano, o salto ainda é de 6,68% frente ao real.


Cenário

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou na noite de quarta-feira a taxa Selic de 7,75% ao ano para 9,25% ao ano – alta de 1,5 ponto percentual. A decisão foi unânime e veio dentro do esperado. Com o sétimo aumento consecutivo, a taxa Selic atinge o maior patamar em pouco mais de quatro anos – em julho de 2017, estava em 10,25% ao ano.


Embora isso seja visto como positivo para a moeda brasileira, investidores avaliavam que havia espaço limitado para perdas do dólar nesta quinta, uma vez que a divisa já vem de duas sessões consecutivas de forte baixa.


Em nota à imprensa, o Copom avaliou que a inflação ao consumidor "continua elevada" e que a atividade econômica brasileira tem "evolução moderadamente abaixo da esperada", sinalizando a continuidade do aperto monetário.


Para o comitê, há questionamentos em relação ao respeito às regras fiscais do país, o que contribui para elevar a inflação acima do projetado e leva o Banco Central a responder com aumento dos juros básicos da economia.


A expetativa do mercado é que a Selic chegue a 11,25% ao ano em 2022. Mas instituições como o Itaú estimam os juros chegando a 11,75% ao ano no final do primeiro trimestre de 2022 em meio às preocupações com as perspectivas fiscais.


Juros mais altos no Brasil elevam a rentabilidade do mercado de renda fixa doméstico, o que tenderia a atrair mais recursos estrangeiros para o país, aumentando a demanda pelo real.

No exterior, a expectativa é de que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) aumentará as taxas de juros no terceiro trimestre do ano que vem, mais cedo do que o esperado há um mês, de acordo com pesquisa da Reuters com economistas.


Na cena política, o acordo em torno do fatiamento da PEC dos Precatórios e a promulgação de trechos da proposta em que houve consenso entre Senado e Câmara trouxe relativo alívio, com participantes do mercado comemorando a maior previsibilidade na frente fiscal.


Na avaliação de Alexandre Almeida, economista da CM Capital, o "fatiamento trouxe um pouco de alívio; mostra que tramitação no Congresso está andando e gera um pouco de calmaria" depois de um longo período de incertezas sobre como o governo federal faria para financiar seu programa de auxílio financeiro à população.


Fonte: G1

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