O preço médio da gasolina nos postos do país subiu 2,25% na semana passada, chegando a R$ 6,710 o litro, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira (8) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O valor máximo foi de R$ 7,999 no Rio Grande do Sul.
Essa foi a quinta semana consecutiva de alta.
É possível encontrar o litro da gasolina acima de R$ 7 em postos de 20 estados:
Acre (R$ 7,600);
Alagoas (R$ 7,198);
Amazonas (R$ 7,350);
Bahia (R$ 7,299);
Ceará (R$ 7,190);
Distrito Federal (R$ 7,499);
Espírito Santo (R$ 7,090);
Goiás (R$ 7,399);
Mato Grosso (R$ 7,230);
Minas Gerais (R$ 7,599);
Pará (R$ 7,250);
Paraná (R$ 7,300);
Pernambuco (R$ 7,439);
Piauí (R$ 7,299);
Rio de Janeiro (R$ 7,749);
Rio Grande do Norte (R$ 7,299);
Rio Grande do Sul (R$ 7,999);
Rondônia (R$ 7,030);
São Paulo (R$ 7,399);
Tocantins (R$ 7,129).
A escalada de preços é reflexo do reajuste no valor da gasolina e do diesel feito pela Petrobras e em vigor desde 26 de outubro.
Por conta do reajuste, o preço do litro do diesel subiu 2,45% nos postos brasileiros na semana passada, chegando a uma média de R$ 5,339. O preço máximo foi de R$ 6,700 o litro em Cruzeiro do Sul, no Acre.
O valor médio do litro do etanol, por sua vez, subiu 4,5% na semana, para R$ 5,294. O preço máximo foi de R$ 7,899 o litro em Bage, no Rio Grande do Sul.
O preço do botijão de gás (GLP), por sua vez, se manteve estável e fechou a semana em R$ 102,48.
Inflação do motorista
Com o preço da gasolina, do gás natural (GNV) e do etanol em alta, a inflação para o motorista no Brasil disparou e já chega a 18,46% no acumulado em 12 meses até outubro, segundo um levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). É a maior inflação para esse grupo desde 2000.
O principal ‘motor’ desse aumento é a desvalorização do real. Até a última sexta-feira (5), o dólar – moeda à qual o valor do petróleo é atrelado – acumulava alta de 6,40% sobre o real este ano.
O que dá força para esse movimento de perda de valor da moeda brasileira são as várias incertezas dos investidores com relação ao rumo da política econômica do governo Jair Bolsonaro.
A medida foi adotada após muitos brasileiros começarem a cruzar a fronteira, pela Ponte Tancredo Neves, por Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
Segundo os consumidores, o abastecimento no país vizinho é atrativo porque a gasolina tem sido encontrada pela metade do preço praticado no Brasil.
Novas regras para venda no país
Nesta quinta-feira (4), a ANP alterou as regras de comercialização de combustíveis em todo o país.
As principais mudanças aprovadas pela diretoria do órgão foram a liberação da venda por delivery da gasolina comum e do etanol e a forma de mostrar os preços nas bombas.
Por enquanto, o valor mostrado na bomba tem três casas decimais. Desde quinta-feira (4), são necessárias apenas duas casas decimais.
Segundo a ANP, as medidas passaram a ser discutidas depois da greve dos caminhoneiros de 2018 e foram submetidas à consulta e audiência públicas.