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Petróleo perto de US$ 100: Quanto combustível ainda tem para a alta da commodity?


O petróleo está cada vez mais perto de ser cotado a US$ 100 o barril. Na semana passada, a commodity chegou a US$ 93, um aumento de aproximadamente 65% nos últimos 12 meses, registrando seu valor recorde em sete anos.

Só em janeiro de 2022, esta alta já bateu os 15%. Na quinta-feira (10), o petróleo Brent operava em alta, perto de US$ 93, enquanto o do tipo WTI, beirava os US$ 92.


O petróleo está cada vez mais perto de ser cotado a US$ 100 o barril. Na semana passada, a commodity chegou a US$ 93, um aumento de aproximadamente 65% nos últimos 12 meses, registrando seu valor recorde em sete anos.

Só em janeiro de 2022, esta alta já bateu os 15%. Na quinta-feira (10), o petróleo Brent operava em alta, perto de US$ 93, enquanto o do tipo WTI, beirava os US$ 92.


Um das principais razões para o aumento do preço do petróleo vem do descompasso entre a forte demanda e queda da oferta.


A queda da oferta da commodity já está presente no mercado internacional desde 2020, quando a pandemia do coronavírus impôs uma paralisação temporária na produção do petróleo e desincentivou as produtoras a investirem em novos projetos.


O avanço da vacinação causou o arrefecimento da pandemia e, consequentemente, permitiu a retomada das atividades econômicas em todo o mundo, que desencadeiam maior uso de energias. Com isso, a procura por produtos petrolíferos cresceu — no entanto, a oferta permaneceu limitada.


A intensificação da tensão geopolítica entre a Rússia e países ocidentais ocasionada pela possibilidade de invasão da Ucrânia ainda tem ajudado a pressionar os preços da commodity.

Diante desta realidade, o petróleo segue subindo em 2022, e se tornou um fator de pressão inflacionária não somente no Brasil, mas no mundo.


O petróleo vai continuar a subir?


Segundo o sócio e head de renda variável da Monte Bravo Investimentos, Bruno Madruga, a expectativa é que a recuperação do petróleo, que resulta em uma alta do preço do barril, continue pelo menos no primeiro semestre de 2022.


Na quinta-feira, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve a previsão para o crescimento da demanda por petróleo em 2022, em 4,2 milhões de barris por dia. Para Madruga, esta perspectiva mostra que ainda há demanda pela commodity e existe possibilidade de aumento de produção no mundo.


O executivo também afirma que o petróleo deve alcançar os US$ 100 ainda este ano, devido a tensão geopolítica. Madruga ainda diz que, se a disputa entre Rússia e Ucrânia for desencadeada, o preço do barril pode bater até US$ 120.


No curto prazo, o head de renda variável da Monte Bravo não vê uma desaceleração no preço da commodity. Segundo ele, uma possível queda não é cogitada devido ao aquecimento dos eventos que estão no radar do mercado, à retomada das economias e à sazonalidade, que acarreta uma alta no consumo de energia com o inverno no hemisfério norte.


Além disso, a Opep cortou a previsão para a oferta brasileira da commodity este ano, de 3,82 milhões de barris por dia (bpd) para 3,78 milhões de bpd. O executivo explica que este fato colabora com a alta dos preços, pois a oferta continua pressionada.


É um bom momento para investir no petróleo?


Bruno Madruga destaca que com o petróleo cada vez mais perto de US$ 100 o barril, ainda é um bom momento para investir na commodity.


O executivo ainda diz que, neste momento, este investimento se mostra mais forte pelo fato de não se enxergar uma redução expressiva no preço do petróleo, consequentemente, observa-se uma valorização importante das petroleiras mundo afora.


Madruga destaca o desempenho positivo das empresas brasileiras de óleo e gás. Só em 2022, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) valorizaram 16,81% e 14,80%. PetroRio (PRIO3) e 3R Petroleum (RRRP3) também registram números forte este ano, com alta de 21,38% e 15,86%, respectivamente.


“Ter exposição ao petróleo é extremamente interessante no primeiro semestre de 2022, mas sempre em alerta aos demais acontecimento que podem ocorrer mundo a fora, principalmente a questão da Rússia e Ucrânia”, completa Madruga.



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