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Refinaria privatizada tende a vender combustível mais caro, dizem analistas

Uma refinaria na Bahia, que foi vendida pela Petrobras, vende combustível mais caro, e essa é uma tendência que vai ser ampliada, dizem analistas. A Petrobras tem um plano estratégico de reduzir os negócios da companhia na área de refino. A ideia é vender 7 de suas 12 refinarias. Como elas serão repassadas a empresas privadas e sem ligação com o governo, devem seguir apenas a lógica do lucro, ou seja, vão cobrar o maior preço possível aceito pelo mercado, afirmam economistas.

Essa é uma consequência que já pode ser vista no exemplo da Bahia, estado onde fica a primeira das refinarias vendidas pela Petrobras. Nos postos baianos, os preços da gasolina e do diesel superam a média nacional. No longo prazo, a disputa entre as empresas poderá até funcionar como um freio para os reajustes dos combustíveis, dizem especialistas ouvidos pelo UOL, mas apenas se a concorrência de fato aumentar.

Preços na Bahia acima da média O plano da Petrobras para os próximos anos inclui vender negócios como postos de distribuição, gasodutos e refinarias para levantar capital e assim aumentar os investimentos na exploração de petróleo, que ganha espaço na estratégia de longo prazo da empresa.

Dentro desse plano está a venda de sete das 12 refinarias que a Petrobras ainda possui no Brasil. Uma dessas indústrias já foi vendida -a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), localizada em São Francisco do Conde, na Bahia, para o Mubadala Capital, dos Emirados Árabes, dona da Acelen.

Com o nome agora de Refinaria de Mataripe, a processadora de petróleo responde por cerca de 14% da capacidade de refino do país e atende principalmente a demanda baiana por combustíveis.

Mesmo após os reajustes feitos pela Petrobras no dia 11 de março, a maior parte dos preços da gasolina e do diesel na Bahia seguem acima da média nacional, segundo último levantamento semanal feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), até o dia 26 de março.

Segundo a Acelen, os preços praticados pela Refinaria de Mataripe seguem critérios de mercado que levam em consideração variáveis como custo do petróleo, que é adquirido a preços internacionais, dólar e frete. "Os preços dos combustíveis podem variar para cima ou, como aconteceu na última semana, para baixo", disse a empresa em nota ao UOL.

Segundo a companhia, a privatização cria oportunidades de investimento na refinaria e na malha logística associada a ela.

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