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Brasil exporta 27% menos etanol em 2021, mas preço médio sobe 22%

Enquanto vendas se aproximam da marca de 2 bilhões de litros no acumulado do ano, volume importado recua 57,1%, para 420,9 milhões de litros


Após a exportação recorde de etanol registrada em 2020, as usinas brasileiras viram uma queda nas vendas internacionais do produto no ano passado. No acumulado de 12 meses, o volume despachado para fora do país somou 1,93 bilhão de litros, retração de 27% na comparação anual.


Os números consolidados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia.


Entretanto, como o preço médio aumentou 21,9% – indo dos US$ 452,03 por metro cúbico observados em 2020 para US$ 551,22/m³ em 2021 –, o impacto do menor volume sobre a receita foi minimizado. No ano, o ganho obtido retraiu 10,9%, chegando a US$ 1,06 bilhão.

Em comparação com 2019, quando o mercado nacional estava aquecido para o biocombustível e ainda não havia o impacto da pandemia de covid-19, a quantia exportada subiu 1,2% e o preço médio aumentou 5,1%, levando a uma receita 6,3% superior.


Em 2021, os três principais destinos do etanol brasileiro foram: Coreia do Sul (774,94 mi L), Estados Unidos (453,66 mi L) e Países Baixos (116,48 mi L). Por sua vez, os principais portos de saída da commodity foram Santos (SP), com 1,61 bilhão de litros; Paranaguá (PR), com 147,3 milhões; e Suape, em Recife (PE), com 84,36 milhões.


Dezembro


O etanol exportado em dezembro de 2021 registrou o maior preço médio desde abril de 2019, com US$ 661,16/m³. Considerando apenas os resultados para este mês, o último valor acima deste foi em 2011, quando o biocombustível chegou a ser comercializado a US$ 872,06/m³.


Além disso, embora as vendas de etanol tenham aumentado 85,3% ante novembro, chegando a 194,52 milhões de litros, houve uma queda de 18,7% na comparação com o mesmo período de 2020.


Com isso, a receita obtida com a comercialização de etanol em dezembro foi de US$ 128,61 milhões, 87,2% maior ante o valor do mês anterior, de US$ 68,7 milhões. Na comparação anual, houve um aumento de 15,4%.


Os principais destinos do biocombustível em dezembro seguiram a tendência anual: Coreia do Sul (86,28 mi L), Estados Unidos (58,32 mi L) e Países Baixos (28,44 mi L).


Importação


Embora o Brasil seja um grande exportador de etanol, o país também importa o biocombustível por conta de ajuste às safras e questões logísticas. De maneira geral, o maior mercado consumidor do etanol vindo do exterior está nas regiões Norte e Nordeste.


Entretanto, após negociações frustradas com o governo dos Estados Unidos e com o intuito de proteger os fornecedores locais, o país passou a adotar uma taxação de 20% sobre os volumes vindos de fora do Mercosul. A tarifa foi adotada em dezembro do ano passado, afetando diretamente as compras de biocombustível em 2021.


De maneira geral, o Brasil vem retraindo suas importações de etanol desde 2018. No ano passado, o país importou 420,9 milhões de litros, uma queda de 57,1% no comparativo anual.

Os Estados Unidos foram os principais fornecedores, com 262,19 milhões de litros. Contudo, em relação a 2020, houve uma diminuição de 67,8% no volume importado da nação norte-americana. Já o segundo colocado foi o Paraguai, com 158,23 milhões de litros e uma retração anual de apenas 0,9%.


Os portos brasileiros que mais receberam etanol em 2021 foram: São Luís (MA), com 183,36 milhões de litros; Suape, em Recife (PE), com 123,68 milhões; e Santos (SP), com 48,52 milhões.


Fonte: Nova Cana

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