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Elevação nos custos de insumos e combustíveis preocupa o empresariado

Em Minas Gerais, os aumentos constantes dos preços dos combustíveis e dos valores dos insumos/mercadorias têm pressionado os custos dos pequenos negócios, segundo apontou a 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios.


Realizado entre os dias 27 de agosto e 1º setembro, o levantamento mostrou que houve avanço no faturamento das empresas e também nos níveis de vendas. As empresas ainda sofrem com a crise gerada pela pandemia, mas o resultado mostra uma tendência de recuperação gradual. No Estado, foram ouvidos 440 empresários.


De acordo com o levantamento feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), entre os custos que têm pressionado os negócios, os mais citados são os referentes aos valores de insumos/mercadorias, que impacta a maior parte dos empreendedores (42%) e também os combustíveis (gasolina, etanol e diesel), apontado por 24% dos empresários ouvido na pesquisa.


Os custos com aluguel também estão entre os que mais oneram na atividade para 13% dos entrevistados. A energia elétrica foi citada por 7% dos empresários.


Em nível nacional, assim como em Minas Gerais, os maiores impactos nos negócios vêm dos custos com insumos/mercadorias (37%) e combustíveis (26%). Em seguida, vieram aluguel (14%) e energia elétrica (11%).


“O aumento dos custos com os insumos ainda é reflexo da crise gerada com a pandemia, que afetou a produção. Agora, com a retomada, a demanda está maior que a oferta. Isso impulsiona os preços. Além disso, no caso da energia elétrica, estamos vivendo um período de crise hídrica”, explicou a analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Gabriela Martinez.


Apesar do desafio dos custos mais elevados, a situação dos pequenos negócios tem evoluído de forma positiva, ainda que em passos lentos.


No que se refere ao faturamento, houve uma melhora do desempenho. Enquanto na pesquisa anterior, 78% dos empresários relataram queda no faturamento, na edição atual, o índice caiu para 70%. O índice de empresas que registraram aumento passou de 7% para 14%.


“O número de empresas com o faturamento em queda ainda é muito expressivo, mas vem mostrando melhoria. A recuperação das empresas será gradual”, explicou Gabriela.


Em relação às vendas, a queda está em 32% quando comparado com o período antes da pandemia, o que mostra uma recuperação, ainda que lenta. Na pesquisa anterior, apurada entre 27 de maio e 1º de junho, a queda média apontada pelos empresários mineiros era de 42%.


No que se refere a dívidas/empréstimos, 36% dos empresários disseram ter dívidas e estão em dia. Outros 30% possuem dívidas e estão em atraso, e 35% não tem. Na pesquisa anterior, o índice de empresas com dívidas atrasadas era de 35% e 32% não possuía débitos.


Expectativas


“Fatores como o avanço da vacina contra a Covid-19 e a reabertura das atividades econômicas geram expectativas positivas e o empresário volta a investir, a contratar na expectativa de voltar ao normal. As estimativas ainda são cautelosas e os empresários acreditam que vai demorar 17 meses para a economia voltar ao normal em Minas. Na 11ª edição, a estimativa era de 18,7 meses. A retomada ao normal acontecerá após as eleições, que é um período marcado por incertezas”.


Outro dado interessante apontado pela pesquisa é a adoção do PIX nas empresas. Entre os pequenos empresários, 74% já utilizam a opção para realizar vendas. O percentual do faturamento gerado com Pix ainda é pequeno, com 53% dos empresários respondendo que a parcela é de 25%.


Fonte: Diário do Comércio – retirado do Portal SIAMIG

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